domingo, 17 de julho de 2011

O “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”: OUTRA FRAUDE COMUNISTA

O “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”: OUTRA FRAUDE COMUNISTA
*A. C. Portinari Greggio
O leitor já deve ter reparado que, de uns anos para cá, o “Dia Internacional da Mulher” é cada vez mais comemorado no mundo inteiro. Governantes, autoridades e políticos festejam, discursam, saúdam e legislam. A indústria e o comércio homenageiam com ofertas e brindes. As ongues promovem manifestações. Celebridades brilham. Os canais de tevê encaixam filmes, anúncios, documentários e cenas de novelas voltadas para a mulher. Só se fala nisso. É unânime, ubíquo, uníssono: é o Dia Internacional da Mulher.
Como várias outras modas por aí, o Dia Internacional da Mulher parece algo espontâneo, gerado por consenso universal. Nada mais natural. Quem poderia ser contra? Os homens se rejubilam, elas ganham cumprimentos, presentes, flores e galanteios. Todos saem felizes, ninguém se prejudica. Por isso poucos se dão ao trabalho de investigar donde vem e quem está por trás da campanha. Para que estragar a festa? Infelizmente nós, do Inconfidência, sendo de oposição, às vezes somos obrigados a desempenhar esse desagradável ofício.
A origem do Dia Internacional da Mulher é obscura e confusa, e não por acaso. Consultando a Internet, o leitor provavelmente encontrará informações como esta: no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram greve, ocuparam a fábrica e reivindicaram redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário). A manifestação foi reprimida com violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
Essa história, inventada na Alemanha comunista na década de 1960, é totalmente falsa.
A greve de 1857 nunca existiu. Os autores da lorota, confundindo tudo, referem-se a outra greve, a da American Woolen Company, ocorrida em 1912 na cidade de Lawrence, em Massachusetts (não em Nova Iorque). A jornada de trabalho era de 56 horas semanais (9 horas e 33 minutos por dia), e não de 16 horas diárias. Uma lei a reduziu para 54 horas semanais e a empresa tentou baixar os salários na mesma proporção. Essa foi a causa da greve, que durou de 11 de janeiro a 1º de março de 1912, terminou vitoriosa e se tornou célebre devido à sensacional cobertura da imprensa. Já o incêndio no qual morreram 146 pessoas, e não 130, ocorreu em 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, em Nova Iorque, quase um ano antes da greve da American Woolen. Foi acidental; mas provocou escândalo e mudanças na segurança do trabalho.
Se a história da origem do Dia Internacional da Mulher é falsa, a tal “conferência na Dinamarca” de fato aconteceu. Só que não foi uma “conferência” qualquer. Foi um congresso comunista, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Trabalhadoras, cujas organizadoras, Clara Zetkin e Alexandra Kollontai, militantes ligadas à II Internacional, jamais haviam trabalhado regularmente em suas vidas. Segundo madame Kollontai, a criação do Dia da Mulher teria grande utilidade futura como instrumento de agitação revolucionária. Mas a data escolhida não foi 8 de março; foi 19 de março, em comemoração a fatos ocorridos na Alemanha durante a revolução de 1848. Veja o leitor a salada histórica que essas mulheres preparavam, misturando países, datas e fatos desconexos.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, os subversivos americanos tentavam estabelecer o seu próprio Dia da Mulher. Entre congressos e discussões, fixaram o último domingo de fevereiro como data oficial. A primeira comemoração, com greves e agitações, aconteceu em 1910.
Meses depois, em agosto de 1910, reuniu-se, na mesma cidade de Copenhague, na Dinamarca, o 8º Congresso da Internacional comunista. Nessa ocasião americanos e europeus chegaram a acordo: o Dia Internacional da Mulher seria comemorado no último domingo de fevereiro. O objetivo imediato seria mobilizar mulheres para a conquista do direito ao voto, que lhes era negado em quase todos os países. Mas o objetivo estratégico do Dia da Mulher seria a utilização delas em demonstrações, greves e tumultos visando à tomada revolucionária do poder. Os comunistas observavam que soldados e policiais hesitam e se desmoralizam quando confrontados por mulheres e crianças revoltadas. Daí o seu empenho em criar bandeiras de mobilização que lhes permitissem lançar mão desse covarde estratagema, que lhes seria de grande utilidade em 1917.
Nessa altura já podemos antecipar uma conclusão. O tal Dia Internacional da Mulher é uma festa comunista ligada à sangrenta história desse regime na Rússia e nos países escravizados pela tirania totalitária. Não é universal, nem nem nada que ver com as tradições do nosso povo. Homenagear as mulheres nessa data é o pior dos insultos, porque nunca na história da Humanidade foram elas tão aviltadas, prostituídas, estupradas, exploradas e maltratadas quanto nas ditaduras comunistas. Na próxima edição do Inconfidência continuaremos a narrativa. Prepare o estômago, caro leitor.
* Economista, ex-aluno da
Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário