quarta-feira, 29 de junho de 2011

Asamblea de la Resistencia condena complicidad de Lula


Olavo de Carvalho elogia Índio da Costa e diz provar relações do PT com as FARC



O Livro Negro do Socialismo/Comunismo

Este livro mostra como matar 100 milhões de pessoas em 60 aninhos sem bombas atômicas, sem guerras entre países, apenas entre a população escravizada.


Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Por Roberto Campos em 08 de maio de 2008

"Le livre noir du communisme" (Edições Robert Laffont, Paris, 1997), escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos soviéticos recém-abertos, é uma espécie de enciclopédia da violência do comunismo. O chamado "socialismo real" foi uma tragédia de dimensões planetárias, superior em abrangência e intensidade ao seu êmulo totalitário do entreguerras - o nazifascismo.


Ao contrário da repressão episódica e acidental das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico, fazendo parte da rotina de governo. Essa sistematização do terror não é rara na história humana, tendo repontado na Revolução Francesa do século 18 na fase violenta do jacobinismo, na "industrialização do extermínio judaico" pelos nazistas, e - confesso-o com pudor - na inquisição da Igreja Católica, que durante séculos queimava os corpos para purificar as almas.


O "Livre noir" me veio às mãos num momento oportuno em que, reaberto na mídia e no Congresso o debate sobre a violência de nossos "anos de chumbo" nas décadas de 60 e 70, me pusera a reler o "Brasil Nunca Mais", editado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo.


Comparados os dois, verifica-se que o Brasil não ultrapassou o abecedário da violência, palco que foi de um miniconflito da Guerra Fria, enquanto que o "Livre noir" é um tratado ecumênico sobre as depravações ínsitas do comunismo, este sem dúvida o experimento mais sangrento de toda a história humana.


Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, indicando que a violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas, sim, algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos e, depois, em vítimas.


A aritmética macabra do comunismo assim se classifica por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).


O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético.Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoasLênin superou esse recorde em apenas quatro meses após a revolução de outubro de 1917.


Alguns líderes do Terceiro Mundo figuram com distinção nessa galeria de assassinos. Em termos de percentagem da população, o campeão absoluto foi Pol Pot, que exterminou em 3,5 anos um quarto da população do Camboja.


Fidel Castro, por sua vez, é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, equivalentes a 20% da população da ilha, tiveram de fugir. Juntamente com o Vietnã, Fidel criou uma nova espécie de refugiado, o "boat people" - ou seja, os "balseros", milhares dos quais naufragaram, engordando os tubarões do Caribe.


A vasta maioria dos países comunistas é culpada dos três crimes definidos no artigo 6º do Estatuto de Nuremberg: crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.


A discussão brasileira sobre os nossos "anos de chumbo" raramente situa as coisas no contexto internacional da Guerra Fria, a qual alcançou seu apogeu nos anos 60 e 70, provocando um "refluxo autoritário" no Terceiro Mundo. Houve intervenções militares no Brasil e na Bolívia em 1964, na Argentina em 1966, no Peru em 1968, no Equador em 1972, e no Uruguai em 1973.


Fenômeno idêntico ocorreu em outros continentes. Os militares coreanos subiram ao governo em 1961 e adquiriram poderes ditatoriais em 1973. Houve golpes militares na Indonésia em 1965, na Grécia em 1967 e, nesse mesmo ano, o presidente Marcos impunha a lei marcial nas Filipinas, e Indira Gandhi declarava um "regime de emergência". Em Taiwan e Cingapura houve autoritarismo civil sob um partido dominante.


O grande mérito dos regimes democráticos é preservar os direitos humanos, estigmatizando qualquer iniciativa de violá-los. Mas por lamentáveis que sejam as violências e torturas denunciadas no "Brasil, Nunca Mais", elas empalidecem perto das brutalidades do comunismo cubano, minudenciadas no "Livre noir".


Comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio... Enquanto Fidel fuzilou entre 15 mil e 17 mil pessoas (sendo 10 mil só na década de 60), o número de mortos e desaparecidos no Brasil, entre 1964 e 1979, a julgar pelos pedidos de indenização, seria em torno de 288, segundo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, e de 224 casos comprovados, segundo a Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça. O Brasil perde de longe nessa aritmética macabra.


Em 1978, quando em nosso Congresso já se discutia a "Lei da Anistia", havia em Cuba entre 15 mil e 20 mil prisioneiros políticos, número que declinou para cerca de 12 mil em 1986. No ano passado, 38 anos depois da Revolução de Sierra Maestra, ainda havia, segundo a Anistia Internacional, entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos na ilha. Em matéria de prisões e torturas, a tecnologia cubana era altamente sofisticada, havendo "ratoneras", "gavetas" e "tostadoras". Registre-se um traço de inventividade tecnológica - a tortura "merdácea", pela imersão de prisioneiros na merda.


Não houve prisões brasileiras comparáveis a La Cabaña (onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 ou Pinar Del Rio. Com estranha incongruência, artistas e intelectuais e políticos que denunciam a tortura brasileira visitam Cuba e chegam mesmo a tecer homenagens líricas a Fidel e a seu algoz-adjunto Che Guevara.


Este, como procurador-geral, foi comandante da prisão La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos (dos 550 confessados por Fidel Castro), inclusive as execuções de Jesus Carreras, guerrilheiro contra a ditadura batista, e de Sori Marin, ex-ministro da agricultura de Fidel. Note-se que Che foi o inventor dos "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha, versão cubana dos "gulags soviéticos" e dos "campos de reeducação" do Vietnã.


A repressão comunista tem características particularmente selvagens. A responsabilidade é "coletiva", atingindo não apenas as pessoas, mas as famílias. É habitual o recurso a trabalhos forçados, em campos de concentração. Não há separação carcerária, ou mesmo judicial, entre criminosos comuns e políticos. Em Cuba, criou-se um instituto original, o da "periculosidade pré-delitual", podendo a pessoa ser presa por mera suspeita das autoridades, independentemente de fatos ou ações.


Causa-me infinda perplexidade, na mídia internacional e em nosso discurso político local, a "angelização" de Fidel e Guevara e a "satanização" de Pinochet. Isso só pode resultar de ignorância factual ou de safadeza ideológica.


Pinochet foi ditador por 17 anos; Fidel está no poder há 39 anos. Pinochet promoveu a abertura econômica e iniciou a redemocratização do país, retirando-se após derrotado em plebiscito e em eleições democráticas como senador vitalício (solução que, se imitada em Cuba, facilitaria o fim do embargo).


Fidel considera uma obscenidade a alternância no poder, preferindo submeter a nação cubana à miséria e à fome, para se manter ditador. Pinochet deixou a economia chilena numa trajetória de crescimento sustentado de 6,5% ao ano. Antes de Fidel, a economia cubana era a terceira em renda por habitante entre os latino-americanos e hoje caiu ao nível do Haiti e da Bolívia.


O Chile exporta capitais, enquanto Fidel foi um pensionista da União Soviética e, agora, para arranjar divisas, conta com remessas de exilados e receitas de turismo e prostituição. Em termos de violência, o número de mortos e desaparecidos no Chile foi estimado em 3.000, enquanto Fidel fuzilou 17 mil!


Apesar de fronteiras terrestres porosas, o Chile, com população comparável à de Cuba e sem os tubarões do Caribe, sofreu um êxodo de apenas 30 mil chilenos, hoje em grande parte retornados. Sob Fidel, 20% da população da ilha, ou seja, algo que nas dimensões brasileiras seria comparável à Grande São Paulo, teve de fugir.


Em suma, Pinochet submeteu-se à democracia e tem bom senso em economia. Fidel é um PhD em tirania e um analfabeto em economia. O "Livre noir" nos dá uma idéia da bestialidade de que escapamos se triunfassem os radicais de esquerda. Lembremo-nos que, em 1963, Luiz Carlos Prestes declarava desinibidamente que "nós os comunistas já estamos no governo, mas não ainda no poder".


Parece-me ingenuidade histórica imaginar que, na ausência da revolução de 1964, o Brasil manteria apenas com alguns tropeços sua normalidade democrática. A verdade é que Jango Goulart não planejara minimamente sua sucessão, gerando suspeitas de continuísmo. E estava exposto a ventos de radicalização de duas origens: a radicalização sindical, que levaria à hiperinflação, e a radicalização ideológica, pregada por Brizola e Arraes, que podia resultar em guerra civil.


É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que, no albor dos anos 60, este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: "anos de chumbo" ou "rios de sangue"...

Roberto Campos foi economista, diplomata, senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994). Este e outros artigos podem ser encontrados no livro de Roberto Campos, Na Virada do Milênio, ed. Topbooks, 1998.

Princípios de uma política conservadora


Nenhuma proposta revolucionária é digna de ser debatida como alternativa respeitável num quadro político democrático. A revogabilidade das medidas de governo é um princípio incontornável da democracia, e toda proposta revolucionária, por definição, nega esse princípio pela base.
Estes princípios não são regras a ser seguidas na política prática. São um conjunto de critérios de reconhecimento para você distinguir, quando ouve um político, se está diante de um conservador, de um revolucionário ou de um "liberal", no sentido brasileiro do termo hoje em dia (uma indecisa mistura dos dois anteriores).
1) Ninguém é dono do futuro. "O futuro pertence a nós" é um verso do hino da Juventude Hitlerista. É a essência da mentalidade revolucionária. Um conservador fala em nome da experiência passada acumulada no presente. O revolucionário fala em nome de um futuro hipotético cuja autoridade de tribunal de última instância ele acredita representar no presente, mesmo quando nada sabe desse futuro e não consegue descrevê-lo se não por meio de louvores genéricos a algo que ele não tem a menor ideia do que seja.
Quando o ex-presidente Lula dizia "não sabemos qual tipo de socialismo queremos", ele presumia saber: (a) que o socialismo é o futuro brilhante e inevitável da História, quando a experiência nos mostra que é na verdade um passado sangrento com um legado de mais de cem milhões de mortos; (b) que ele e seus cúmplices têm o direito de nos conduzir a uma repetição dessa experiência, sem outra garantia de que ela será menos mortífera do que a anterior exceto a promessa verbal saída da boca de alguém que, ao mesmo tempo, confessa não saber para onde nos leva.
A mentalidade revolucionária é uma mistura de presunção psicótica e de irresponsabilidade criminosa.
2) Cada geração tem o direito de escolher o que lhe convém. Isto implica que nenhuma geração tem o direito de comprometer as subsequentes em escolhas drásticas cujos efeitos quase certamente maléficos não poderão ser revertidos jamais ou só poderão sê-lo mediante o sacrifício de muitas gerações. O povo tem, por definição, o direito de experimentar e de aprender com a experiência, mas, por isso mesmo, não tem o direito de usar seus filhos e netos como cobaias de experiências temerárias.
3) Nenhum governo tem o direito de fazer algo que o governo seguinte não possa desfazer. É um corolário incontornável do princípio anterior. As eleições periódicas não fariam o menor sentido se cada governo eleito não tivesse o direito e a possibilidade de corrigir os erros dos governos anteriores. A democracia é, portanto, essencialmente hostil a qualquer projeto de mudança profunda e irreversível da ordem social, por pior que esta seja em determinado momento.
Nenhuma ordem social gerada pelo decurso dos séculos é tão ruim quanto uma nova ordem imposta por uma elite iluminada que se crê, sem razão, detentora do único futuro desejável. No curso dos três últimos séculos não houve um só experimento revolucionário que não resultasse em destruição, morticínio, guerras e miséria generalizada. Não se vê como os experimentos futuros possam ser diferentes.
4) Nenhuma proposta revolucionária é digna de ser debatida como alternativa respeitável num quadro político democrático. A revogabilidade das medidas de governo é um princípio incontornável da democracia, e toda proposta revolucionária, por definição, nega esse princípio pela base. É impossível colocar em prática qualquer proposta revolucionária sem a concentração do poder e sem a exclusão, ostensiva ou camuflada, de toda proposta alternativa. Não se pode discutir alternativas com base na proibição de alternativas.
5) A democracia é o oposto da política revolucionária. A democracia é o governo das tentativas experimentais, sempre revogáveis e de curto prazo. A proposta revolucionária é necessariamente irreversível e de longo prazo. A rigor, toda proposta revolucionária visa a transformar, não somente uma sociedade em particular, mas a Terra inteira e a própria natureza humana.
É impossível discutir democraticamente com alguém que não respeita sequer a natureza do interlocutor, vendo nela somente a matéria provisória da humanidade futura. É estúpido acreditar que comunistas, socialistas, fascistas, eurasianos e tutti quanti possam integrar-se pacificamente na convivência democrática com facções políticas infinitamente menos ambiciosas. Será sempre a convivência democrática do lobo com o cordeiro.
6) A total erradicação da mentalidade revolucionária é a condição essencial para a sobrevivência da liberdade no mundo. A mentalidade revolucionária não é um traço permanente da natureza humana. Teve uma origem histórica - por volta do século 18 - e terá quase certamente um fim. O período do seu apogeu, o século 20, foi o mais violento, o mais homicida de toda a História humana, superando, em número de vítimas inocentes, todas as guerras, epidemias, terremotos e catástrofes naturais observadas desde o início dos tempos.
Não há exagero nenhum em dizer que a mentalidade revolucionária é o maior flagelo que já se abateu sobre a humanidade. É uma questão de números e não de opinião. Recusar-se a enxergar isso é ser um monstro de insensibilidade. Toda política que não se volte à completa erradicação da mentalidade revolucionária, da maneira mais candente e explícita possível, é uma desconversa criminosa e inaceitável, por mais que adorne sua omissão com belos pretextos democráticos, libertários, religiosos, moralísticos, igualitários, etc.

domingo, 26 de junho de 2011

GOVERNANÇA GLOBAL e PROGRESSISMO TRANSNACIONAL



GOVERNANÇA GLOBAL
e
PROGRESSISMO TRANSNACIONAL
Sérgio A. de A. Coutinho
Jorge R. Pereira
Setembro de 2009
11. Movimento político-ideológico (Revolução Racional Pacífica), de promoção da
Governança Global, conduzido por uma intelectualidade (pensadores e teóricos) e por
personalidades políticas do fabianismo inglês, da esquerda reformista européia (socialdemocratas) e do “centro-esquerda” (autodenominado “liberal”) dos EUA e Canadá,
atuando numa aliança informal e difusa, e no âmbito de uma Sociedade Civil Global
(leis e instituições).
2. O sistema de Governança Global (leis e instituições), subordinado a uma autoridade
normativa e executiva transnacional (“Governança sem governo”)
PROGRESSSISMO TRANSNACIONAL
Concepção político-ideológica de uma nova ordem mundial caracterizada por um sistema
transnacional de gestão (leis e instituições) estabelecido por um Pacto Global, cuja
autoridade normativa e executiva supera a soberania absoluta dos Estados-Nação, para
solução dos problemas de âmbito nacional (globalização econômica, criminalidade
internacionalizada, pobreza, fome e doenças mundiais, direitos humanos e meio-ambiente),
para a preservação da paz e promoção da prosperidade geral.
GOVERNANÇA GLOBAL
O conjunto extra-nacional de personalidades internacionais (intelectuais, políticos,
executivos de empresas, multinacionais, funcionários da ONU), grupos humanos qualificados
como minorias, etnias, etc.) e organismos coletivos privados (ONGs e OGPs),
ideologicamente diversificados, que atuam em âmbito mundial, independentes dos Estados –
Nação.
SOCIEDADE CIVIL GLOBAL
2GOVERNANÇA GLOBAL E PROGRESSISMO TRANSNACIONAL
               
A primeira organização voluntária privada a discutir em âmbito internacional
a necessidade de um ordenamento supranacional foi o Clube de Roma, fundado
em 1968 por intelectuais, políticos e cientistas, críticos do progresso desenfreado. A
declaração do grupo após a primeira conferência da entidade, adverte sobre o
resultado catastrófico que resultaria, a curto prazo, do crescimento sem controle da
população e da industrialização: O esgotamento do planeta.
Em 1972, aproveitando a repercussão das advertências do Clube de Roma, os
movimentos globalista e ambientalista conseguem influenciar personalidades e
governantes europeus e convocar a Conferência de Estocolmo, patrocinada pela
ONU para debater meio-ambiente e desenvolvimento. Embora controvertidas as
suas propostas mais radicais (controle de natalidade e desenvolvimento zero),
resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente
(PNUMA).
A crescente evidência do fenômeno da globalização após o colapso soviético
(1991) e dos decorrentes problemas transnacionais levou muitos intelectuais da
modernidade a questionar a “nova ordem mundial”e a indagar quem deveria
administrar as soluções que estivessem, no seu entender, fora da jurisdição dos
Estados-Nação.
Desde então, a concepção de uma forma de gestão transnacional passou a ser
motivo de consideração da intelectualidade política internacional. Todavia a idéia de
Governança Global já estava em elaboração desde 1972 com as propostas do
democrata norte-americano James N. Rosenau sobre “Governança sem Governo”,
coincidentes com as de intelectuais de tendência socialista europeus.
Todos com uma visão ideológica que supera o internacionalismo marxista ou que
coincide com a idéia de alguns reformistas que entendem superado o Estado-Nação,
ou pelo menos limitada sua soberania num mundo novo. Também viam superadas
as possibilidades  da Liberal-Democracia, justamente porque é de natureza e de
construção nacionais exclusivas, fundada nas prerrogativas originais da criatura
humana e nos valores e tradições próprias de cada Nação (nacionalismo cívico).
Não são muito nítidas as fontes político-ideológicas da Governança Global.
Mas, fugindo de algumas explicações conspiratórias, certamente coincidem, com
uma interpretação atualizada do conceito de “Governo Global”, idéia levantada por
Bernard Shaw e por outros eminentes intelectuais fabianos, social-democratas
ingleses. Propunham a unificação do mundo em unidades políticas e econômicas
maiores e a criação de um Estado Mundial tecnocrático, tendo por base o Império
Britânico, com a função de planejar e administrar os recursos humanos e materiais
do planeta. Idéia que seria coerente com o diagnóstico posterior do Clube de Roma.
Mais tarde Willian Jandell Elliot (1930) viria sugerir que os Estados Unidos da
América seriam a base do Governo Mundial. A concepção atual é a da “governança
sem governo” de Rosenau, inspirada na gestão técnica das empresas multinacionais.
Numa visão teórica, os intelectuais globalistas de hoje imaginam um sistema
de gestão transnacional (Governança Global) constituído de órgãos executivos
(comitê, secretária ou conselho), normativos (parlamento ou assembléia) e
judiciários (tribunais transnacionais), à semelhança da estrutura da União Européia.
Esse sistema seria o resultado de um “pacto Global”em que os Estados-Nação
abririam mão da soberania absoluta cedendo parte dela, “horizontalmente” a uma
rede transnacional de organizações (Sociedade Civil Global) e, “verticalmente”, a
3organismos supranacionais de gestão. Aceitariam uma soberania limitada ou
relativa na gestão dos assuntos internos e externos. Na instância transnacional,
ficariam dispensadas as práticas liberal-democráticas representativas, substituídas
pela participação da Sociedade Civil Global (que na sua concepção lhe conferiria
legitimidade) e pela gestão tecnocrata.
A difusão ideológica da concepção de Governança Global e a sua realização
concreta seriam um processo de “cima para baixo”, pelo protagonismo intelectual,
pela permeação de personalidades, numa Revolução Racional Pacífica,
instrumento de realização “da paz e da prosperidade”.
Progressismo Transnacional
A partir de 1975, o movimento pró-Governança Global, até então conduzindo
apenas uma agenda político-ideológica, começou a se estruturar em torno de
algo prático e ativo que veio a ser conhecido pela denominação literária e jornalística
de Progressismo Transnacional.
  Uma das primeiras iniciativas tomadas na direção do estabelecimento de uma
estrutura de Governança Global foi a sugestão de criação de um sistema bicameral
na ONU, pela qual a “voz do povo” (Sociedade Civil Global) seria ouvida numa
espécie de “Assembléia dos Comuns”, constituída de representantes das
Organizações Não-Governamentais, paralela à Assembléia Geral.
No início dos anos de 1980, o movimento ambientalista, de diferentes fontes
ideológicas e já muito atuante, ganhou notoriedade pública, força política e
abrangência mundial.
Valendo-se disto, o projeto de Governança Global adotou como “ideologia
intermediária” a defesa do meio ambiente. Iniciou então a organização de
uma vasta rede de organismos coletivos privados (Organizações NãoGovernamentais – ONG’s – e Organizações Governamentais Privadas – OGP’s )
para operacionalizar as palavras-de-ordem “humanitárias” de paz, direitos
humanos e proteção ambiental.
Enfatizou uma  Agenda Ambientalista-Indigenista, identificando os
temas meio-ambiente e defesa das minorias étnicas como problemas
emblemáticos (sensíveis à opinião pública) passíveis de serem aceitos sem
resistência, como aqueles que exigem solução transnacional.
Objetivamente, pretendia fazer crer numa “crise ambiental” para sensibilizar
e mobilizar a opinião pública mundial, personalidades internacionais e instituições,
criando constrangimento e restrição à soberania nacional dos Estados-Nação numa    
apropriação oportuna da afirmação do Embaixador Pardo (1967) de que “o meioambiente é patrimônio comum da humanidade”. Até o lixo se transformou
num problema transnacional e tema para discussão da soberania partilhada.
De maneira mais visível a partir de 1991, coincidente com o colapso soviético
e com a evidência do fenômeno da Globalização, intelectuais, organizações
(emblematicamente mencionamos a “Green Cross” – versão “verdejada” da
organização Red Cross, ou Cruz Vermelha - fundada e mantida por Mikhail
Gorbatchev, que depois de se afastar do governo russo passou a se preocupar com o
meio-ambiente em escala mundial) e movimentos ambientalistas passaram a
orquestrar uma série de factóides que chamaram a  atenção e atraíram as
preocupações de personalidades políticas, de governos e da opinião pública em
relação às florestas tropicais (“rain forest”), em particular à Amazônia: sua
grandiosidade e fascínio justificavam a campanha preservacionista que se seguiu
com a divulgação de factóides alarmistas:
49 “Amazônia, pulmão do mundo”;
9 “Desmatamento e queimadas na Amazônia”;
9 “Amazônia, 25% das reservas mundiais de água doce”;
9 “Aquecimento Global”;
9 “Brasil incompetente para preservar o patrimônio da humanidade
amazônico”.
Há outros factóides recorrentes, como o buraco na camada de ozônio, que
associados a estes, contribuem, como grandes mobilizadores psicológicos e políticos,
para aceitação da tese de internacionalização da Amazônia. Vale dizer:
primeiro passo concreto de realização do projeto ideológico,
submetendo uma área do planeta à Governança Global.
Além da campanha mundial de salvação da floresta então desencadeada,
outra, de igual sensibilização, foi a ela associada: a preservação das “nações”
indígenas, étnica e culturalmente, reconhecendo-as como grupos humanos
qualificados com direito à autodeterminação.
A partir de então a Amazônia passou a ser alvo de uma invasão de ONG’s,
antropólogos, naturalistas, missionários e ambientalistas e de uma campanha
mundial de “salvação” da floresta, dos índios e do planeta. Embora aplicada a
diferentes regiões da terra, o projeto trouxe a atenção do mundo para a Amazônia e,
consequentemente, para o Brasil. Aqui encontrou um movimento ambientalista já
em desenvolvimento e a conivência e parceria dos seus governos filo-socialistas
eleitos a partir de 1990.
Na implementação da Agenda Ambientalista-Indigenista, destaca-se o
protagonista mundial canadense Maurice Stone. Presidiu a Conferência de
Estocolmo e foi organizador da Cúpula (“Cimeira”) da terra, conferência promovida
pela ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Eco 92. Realizada no Rio de
Janeiro em 1992, teve notável cobertura da mídia mundial. Relevantes foram a
maciça e pessoal participação de governantes, a presença de representantes das
ONG’s, integrando as representações oficiais, e a reunião paralela das mesmas
ONG’s no Rio de Janeiro, com patrocínio da UNICEF.
A Eco-92 foi parte de uma campanha de ONG’s para difundir a idéia de
“desenvolvimento sustentado”, auto-limitação do progresso das nações, e assim
contribuir para redução da soberania dos Estados-Nação. A reunião paralela das
ONG’s foi também considerada o primeiro passo da “democratização” da ONU para
dela se chegar ao sistema de Governança Global.
Com a cúpula do Rio (ECO-92) foi criada uma rede mundial de computadores
para lhe dar cobertura e difundir seus temas. O sistema operacional criado (UNIX)
hoje é uma rede privativa (“governança eletrônica”) do projeto Progressismo
Transnacional, interligando onze subsistemas em todo o mundo (92 países). É uma
rede alternativa pois não está ligada à internet.
O movimento progressista transnacional, é orientado por uma “Intelligentsia”
internacional, conjunto difuso de pensadores, teóricos, predominantemente de
tendência social-democrata fabiana, intelectuais orgânicos (engajados
ideologicamente), e dirigentes de ONG’s. Em 1995, foi criada a comissão para a
Governança Global, constituída de 28 membros, intelectuais, políticos e dirigentes,
que se reúnem em determinadas ocasiões para discutir as teses e o andamento das
agendas.
5  A Agenda Ambientalista-Indigenista, planejada para parecer de interesse da
comunidade mundial e ser instrumento de realização das aspirações ideológicas da
Governança Global, também atende interesses políticos, econômicos e privados
(notoriedade, poder, riqueza) de um seleto círculo de personalidades nacionais e
internacionais (‘Companheiros de Viagem”):
9 Políticos da esquerda social-democrata européia, fabianos ingleses, gente do
“centro-esquerda”(autodenominados “liberais”) dos EUA e do Canadá.
Aderem por afinidade ideológica, pela militância “politicamente correta”,
sintonizada com a opinião pública e para receber votos e contribuições
financeiras.
9 Executivos de empresas multinacionais. Aderem por interesses econômicos e
pragmáticos, na expectativa de enfraquecimento dos Estados-Nação,
facilitando a remoção das barreiras alfandegárias e de medidas protecionistas
e, principalmente, explorando temas “politicamente corretos” e receptivos
pela opinião pública na propaganda dos seus negócios.
9 Personalidades, intelectuais notáveis e artistas de prestígio popular,
permeados ideologicamente. Promovem as teses da Agenda, influenciando
líderes, governos e a opinião pública. Por exemplo, o ex-presidente democrata
dos EUA Jimmy Carter (integrante da ONG Sociedade para um Mundo
Melhor), Príncipe Philip da Inglaterra (fundador da ONG WWFInternacional), o senador democrata dos EUA Al Gore, o ex-presidente do
Brasil Fernando Henrique Cardoso, o cantor Sting e outros que se têm
manifestado em prol do meio ambiente e dos índios.
Ilustrando a participação, idealista ou pragmática, de personalidades
internacionais: a WWF-Canadá foi fundada por um político e por uma empresa de
fumo.
Esta “aliança” tácita proporciona ao Progressismo Transnacional divulgação
junto à opinião pública e influência junto a governos, agências da ONU e
instituições. Além do mais garante recursos financeiros incalculáveis, provenientes
das mais variadas fontes, viabilizando a operação de Organizações Não-
Governamentais, movimentos sociais de apoio e eventos promotores. Principais
fontes:
9 Fundações internacionais privadas (p.e. Rockefeller, Ford, CS Mott, Tides,
MacArthur e outras).
9 Empresas multinacionais (p.ex. Body Shop inglesa, Brascan canadense e
muitas outras).
9 Agências da ONU p.ex. UNICEF e PNUMA).
9 Governos (p.ex. EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Alemanha e Suíça).
9 Fundos, campanhas de arrecadação e doações privadas.
As contribuições financeiras oriundas de Governos às ONG’s e OGP’s se
destinam à execução de programas governamentais (delegação de execução,
geralmente de projetos de saúde, educação, habitação, inclusão social e meio
ambiente) ou em apoio à parceria na execução de políticas nacionais e a
organizações de terceiro Setor (filantrópicas) no país e no exterior. Mas também
como via de fazer chegar recursos a políticos, partidos e até funcionários do Estado
para realizar certos interesses nacionais, novamente dentro e fora do país doador.
6Sociedade Civil Global
O Progressismo Transnacional elabora a consciência e a formação de uma
Sociedade Civil Global, base política e social e de “legitimidade”da Governança
Global. Será constituída do conjunto extra-nacional de personalidades políticas,
intelectuais engajados, de organismos coletivos e de agências remanescentes da
ONU que atuam em âmbito mundial, independente dos Estados-Nação.
A Governança Global não considera as pessoas individualmente, mas como
“grupos humanos qualificados” que, por razões políticas, econômicas sociais e
culturais, são, no seu entender, excluídos da participação nacional nos países em que
vivem. Por isso são considerados grupos transnacionais, sem representação no
sistema político de origem, liberal-democrata ou outro, dos Estados-Nação. Neste
conceito, os “grupos qualificados” seriam constituídos por não-brancos, mulheres
(adeptas radicais do feminismo), não-cristãos, homossexuais, etnias, minorias, etc.
Inversamente, seriam privilegiados, também no seu entender, os brancos, cristãos,
heterossexuais e burgueses. As iniqüidades sociais seriam decorrentes da tradição
(sistêmicas) ou da ordenação jurídica (institucionais) dos países dos grupos
“excluídos”
 Estes são aspectos radicais do Progressismo Transnacional.
Os grupos humanos qualificados (grupos humanos minoritários),
conscientizados por um espírito de “diáspora”(pessoas sem pátria), organizados e
representados por lideranças, comunidades autônomas ou organismos coletivos são
integrantes da Sociedade Civil Global.
Soberania Limitada
1. Conceito alegado pela URSS para a intervenção militar com forças do Pacto
de Varsóvia na Tchecoslováquia diante do levante estudantil de 1968 (Primavera de
Praga), criando o princípio de legitimidade de ingerência de um Estado Socialista
(ou coligação) em outro país socialista em defesa das conquistas do socialismo
ameaçadas ou para impedir a contra-Revolução; 2. Entendimento manifestado por
personalidades internacionais notáveis(políticos e intelectuais), inclusive pelo
Secretário Geral da ONU, Brutos Ghali (dez. de 1992), após o colapso da União
Soviética , inaugurando a “Nova Ordem Mundial”, que justificaria o “dever de
ingerência” e a “intervenção humanitária” quando um Estado violar ou não tiver
capacidade de impedir a violação da paz, dos direitos humanos e do meio ambiente
(Humanismo Libertário). Confere: Nova Ordem Mundial. [ A posição de certas
personalidades políticas nem sempre representam posição de governo, mas
geralmente adesão pessoal, “politicamente correta”, às teses do Humanismo
Libertário, identificação com a opinião pública e capitulação às pressões do
ativismo libertário.]
7GLOSSÁRIO DE APOIO
AGENDA
Temário, programa, compromisso ou objetivo de um projeto político-ideológico, de
um partido, organização ou movimento.
FACTÓIDE
Fato, verdadeiro ou não, divulgado com o sensacionalismo no propósito deliberado
de gerar impacto na opinião pública e influenciá-la. (Aurélio, 3 Edição, 2003).
GLOBALISMO
Progressismo Transnacional; V
GLOBALIZAÇÃO
1.Processo de integração e de interdependência da economia e da cultura em âmbito
mundial, entre países, sociedades, grupos econômicos e pessoas, caracterizando-se
pela presteza, flexibilidade e facilidade das suas operações, garantidas pelos meios
modernos de comunicação e de transporte; 2. Para as esquerdas internacionais
(atente-se para a estigmatização que fazem das forças adversas, ainda que o
objetivo a ser alcançado – GOVERNANÇA GLOBAL - é justamente o deles
próprios, da mentalidade revolucionária. Isto cria a confusão mental, a “paralaxe
cognitiva”, tão enfatizada pelo Filósofo Olavo de Carvalho, que paralisa o
entendimento e inibe a reação contrária), instrumento de domínio e de exploração
neoliberal, do imperialismo, do capitalismo selvagem e do sistema financeiro
mundializado para o domínio e extinção dos estados nacionais soberanos.
GOVERNANÇA
1. Vulgarmente, gerenciamento; gestão; processo complexo de tomada de decisão; 2.
Para os Globalistas (defensores da Governança Global), o conjunto de maneiras
pelas quais os indivíduos e instituições privadas e governamentais administram os
seus interesses; 3. Processo contínuo pelo qual interesses conflitantes ou divergentes
podem ser solucionados e convertidos numa ação cooperativa. V.Governança Global.
GOVERNANÇA MUNDIAL
Governança Global; V,
GOVERNANÇA SEM GOVERNO
Imagem do sistema de gestão da Governança Global, constituída por órgãos
transnacionais executivos (comitê, secretariado, conselho), normativos (parlamento
ou assembléia) e judiciários (tribunais), instituídos por um Pacto Global,
dispensando uma estrutura liberal-democrática representativa. V. Progressismo
Transnacional.
GOVERNO GLOBAL
1. Para O Council on Foreign Relations (CFR - entidade socialista Fabiana nos EUA),
nova ordem socialista transnacional governada por especialistas; 2. Para os
globalistas, corpo técnico de gestão da Governança Global (Governança sem
Governo), estabelecido por um Pacto Global, reunindo poder e influência para
elaborar, interpretar e aplicar um conjunto de leis transnacionais. [A ONU ou um
“parlamento” para a “Ação Global” poderia ser o futuro organismo de Governo
Global.] V. Governança Global. Cf. Governo Mundial.
8GOVERNO MUNDIAL
Para as esquerdas internacionais e outras tendências antiimperialistas, domínio
político e econômico do mundo pretendido por uma “oligarquia”ou “stablishment”
internacional e pela potência hegemônica (EUA), no contexto da globalização, com a
aplicação do conceito de “soberania limitada”(ou “relativa”), eliminação das
fronteiras dos Estados-Nação ou extinção delas mesmas. Cf. Governo Global.
[Factóide criado pelas esquerdas internacionais como propaganda antiimperialista e
anticapitalista. Alega que a concepção de Governo Mundial foi criado por Henry A.
Kissinger (por sinal, fabiano e membro do CFR) “desde que passou a trabalhar para
a Família Rockefeller”.].
GRUPO HUMANO QUALIFICADO
Para os globalistas (defensores da Governança Global) conjunto humano
minoritário que se distingue pela etnia, raça, origem (emigração), sexo (“gênero”),
opção sexual (homossexualidade), cultura ou religião e que, por razão política,
econômica, social ou cultural é excluída da composição e da participação nacionais
no país em que vive. V. Sociedade Civil Global.
IDEOLOGIA INTERMEDIÁRIA
Conceito político, econômico ou social, ou uma idéia-força coerente e convergente
com a ideologia revolucionária (ideologia principal), exposta de forma
compreensível e atraente para as pessoas, levando-as a aceitar as teses que
favorecem o movimento revolucionário, iludidas quanto aos seus objetivos reais.
INTELLIGENTSIA
1. Vulgarmente, os intelectuais como grupo especial de pessoas ou elite artística,
social, cultural ou política; a intelectualidade. 2. Vanguarda ou liderança intelectual
de um país, organização ou movimento cultural, social ou político.
INTERNACIONAL
Condição das entidades, atividades e fatos políticos, econômicos e sociais que se
desenvolvem nas relações entre os Estados-Nação. Cf. Transnacional.
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
OSCIP
Organização Não-Governamental (ONG) cujo objetivo e atividade substituem ou
complementam alguma atribuição do Estado, particularmente nos campos da
educação, saúde, assistência social, segurança pública e meio ambiente. Observe-se
que, segundo a estratégia de A. Gramsci, estas organizações devem, ao exercer as
suas funções, substituir o papel do Estado, executando tarefas que deveriam ser
exercidas pelos órgãos competentes, realizado por funcionários públicos preparados,
concursados e responsáveis pelos resultados a atingir, dentro do orçamento
governamental que se destine ao fim proposto. Uma organização desta natureza,
normalmente fundada por pessoas ligadas a partidos políticos da base governista
(ou com fortes finalidades ideológicas), é contratada pelo governo para realizar o
trabalho cujo orçamento se destina ao órgão competente, a um valor indiscutível,
pois no bojo de sua proposta pode se admitir a satisfação de interesses pessoais ou
partidários. Pelo tratamento especial e preferencial que os governos concedem às
OSCIP (bem como às ONGs e OGPs), a proposta pode ser aprovada sem
Concorrência Pública, num flagrante desrespeito à lei da concorrência saudável, que
beneficia o mais competente e honesto e, certamente, demonstra zelo leo trato da
Coisa Pública (Res Publica). Via de regra, estas organizações servem também de
cabides de emprego para protegidos de políticos que não conseguiram ingressar no
9Serviço Público por meios legais. Suas atividades, disfarçadas em atender
necessidades sociais (Educação, Cultura, Saúde, etc, ) são poderosos meios de
encaminhar orientação socializante, difundir temas de esquerda e cooptar seus
beneficiados como elementos politizados para suas causas. Finalmente, com base
nestas benesses, concedidas pelo próprio Estado e partidos de sua base, se
apresentam à sociedade postulando ser representante de suas aspirações junto ao
governo, numa tentativa de substituir o papel dos partidos políticos. Numa LiberalDemocracia Representativa, o partido deve ser o verdadeiro representante do povo
(através dos políticos de sua legenda que foram eleitos para os cargos do legislativo).
A interlocução destas organizações diretamente com o governo, passando por cima
dos partidos, representa um enorme perigo à Democracia. Para se ter uma idéia da
parcialidade que rege a formação de tais organizações, no Brasil, o primeiro passo
para o seu registro é obter a aprovação do Ministério da Justiça dos seus Estatutos.
Recomendamos que obtenham na internet, o Estatuto exigido para tal aprovação,
para que os leitores formem juízo do que estamos falando. Cf. Organização
Governamental Privada – OGP
ORGANIZAÇÃO GOVERNAMENTAL PRIVADA – OGP
Organização voluntária privada que recebe contribuições de fontes particulares e
recursos financeiros do governo para realizar algum projeto público (no campo da
educação, saúde, assistência social, cultura, filantropia, meio ambiente) ou
promover política governamental no país ou no exterior. Cf. Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP. A diferença de conceito é
praticamente nula, entre OGP, OSCIP e ONG. Aqui, a ênfase se mostrou no
tratamento que se dispensa à ONG (ou OSCIP): no momento em que a organização
começa a receber recursos do governo, ela passa a ser entendida como OGP.
ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL – ONG
Entidade voluntária privada constituída por pessoas no seio da Sociedade Civil, sob
uma liderança voluntariamente aceita, considerada sem qualquer vinculação com o
Estado, que tem por objetivo prover necessidades corporativas de um segmento
social ou profissional ou promover um ideal político, ideológico, social, cultural ou
humanitário. Cf. Organização Governamental Privada.
PACTO GLOBAL
Protocolo ou acordo supranacional para constituição da Governança Global,
estabelecido pelo consenso da “intelligentsia” dirigente do Progressismo
Transnacional, da Sociedade Civil Global e dos Estados-Nação (que, ao
aderirem, abdicam da sua Soberania absoluta), dispensando as práticas da LiberalDemocracia Representativa.
PERMEAÇÃO
Para os social-democratas ingleses (fabianos), difusão de suas idéias socialistas
entre os políticos e intelectuais liberais e conservadores, principalmente entre as
pessoas influentes em todos os campos e níveis do Estado e da Sociedade,
empregando argumentos racionais e convincentes. [“duas ou três gotas de idéias, na
justa medida”.]
PROGRESSISMO TRANSNACIONAL
1. Movimento Internacional de promoção da Governança Global (Revolução
Racional Pacífica) conduzido por uma intelectualidade (pensadores e teóricos) e por
personalidades políticas do fabianismo inglês, da esquerda social-democrata
européia e do “centro-esquerda”(autodenominados “liberais”) dos EUA e do Canadá,
10atuando numa aliança informal e difusa no âmbito da Sociedade Civil Global;
Globalismo.
2. O Sistema de Governança Global (leis, normas, regulamentações e instituições)
subordinado a uma autoridade executiva transnacional. [A concepção do
Progressismo Transnacional é considerado por muitos intelectuais da União
Européia, universidades (particularmente norte-americanas e políticos de
esquerda), como um projeto que limita aspirações hegemônicas dos EUA. Por isso,
atrai muitos aliados de oportunidades (“companheiros de viagem”): esquerda
revolucionária (marxista) anarquistas, fundamentalistas islâmicos (que de tudo se
aproveitam para o seu projeto revolucionário particular), anti-americanos e antisocialistas.]
REVOLUÇÃO RACIONAL PACÍFICA
Protagonismo dos agentes do Progressismo Transnacional para implantar a
Governança Global por meio da difusão intelectual, pela permeação de
personalidades e pelo ativismo dos organismos coletivos (ONG’s, OGP’s e
movimentos sociais).
SOCIEDADE CIVIL GLOBAL
O conjunto extra-nacional de personalidades (intelectuais, políticos, empresários de
multinacionais, funcionários da ONU), instituições (fundações privadas, agências da
ONU, etc.) e organismos coletivos voluntários (Organizações Não-Governamentais,
Organizações Governamentais Privadas e movimentos sociais) ideologicamente
diversificados que atuam em âmbito mundial; Sociedade Civil Mundial.
TRANSNACIONAL
Condição das entidades, atividades e fatos políticos, econômicos e sociais que
transcendem a soberania dos Estados; Cf. Internacional.
TRANSNACIONALISMO
Prática autônoma de gestão e de solução dos problemas globais, conduzida por
intermédio de normas, organizações e personalidades independentes e acima dos
Estados-Nação; Globalismo.
TRANSNACIONALISMO PROGRESSISTA
Progressismo Transnacional; V

Luiz Mott e estátua de bebê do sexo masculino e Olavo fala de Luiz Mott


A verdade sai do armário


ENTREVISTA EXCLUSIVA DE DEXTRA COM O ATIVISTA CRISTÃO JÚLIO E OUTRAS COISAS E CAIO SEVERO


The U.N. Deception


Novas informações sobre o sumiço de Chávez


Notalatina volta a falar sobre o mistério da ausência de Chávez, hoje com informações mais concretas, graves e de fonte confiável. O ponto forte desta edição de hoje, entretanto, fica por conta de dois vídeos (no final da edição) de uma entrevista concedida pelo tenente venezuelano exilado em Miami, José Antonio Colina, presidente da associação Veppex (Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio) ao jornalista Tomas García Fuste, daTelemiami, em seu programa "Buenos Días Miami" de ontem (24.06).
As informações que este senhor oferece na entrevista coincidem com as publicadas pelo jornal "El Nuevo Herald"de Miami. Um jornalista venezuelano muito sério e bem conceituado, Casto Ocando, publicou através de sua conta no Twitter entre ontem e hoje, as seguintes mensagens: "Comentários sobre 'transição' de Diosdado Cabello em reunião com militares no Círculo Militar, na terça-feira 21, continuam criando ondas expansivas"; "Diosdado falou a militares da necessidade de preservar a Revolução, 'porque os homens passam', referência à potencial incapacidade de Chávez"; "Distribuem circular nos quartéis que insta a não se fazer eco de rumores sobre a má saúde presidencial, e fazer frente à desmoralização"; "Chancelaria brasileira expressa preocupação pela grave situação de Chávez, e se prepara para eventual sucessão".
fidel_raul_chavez4Bem, dias atrás o Granma andou publicando umas fotos da visita de Fidel e Raúl ao hospital onde supostamente Chávez está internado, mas não consegui tragá-las como verdadeiras pelas seguintes razões: quando Chávez iniciou seu giro, primeiro no Brasil, depois Equador e finalmente Cuba, ele estava andando com auxílio de uma bengala alegando um problema no joelho, que ninguém sabe se era verdade ou não, mas que serviu de desculpa para ir a Cuba fazer um tratamento. Nas fotos publicadas abaixo vê-se Chávez em trajes desportivos e usando tênis sentado numa cadeira comum, enquanto que Fidel está sentado na cadeira que é reservada ao paciente que ocupa o quarto hospitalar. Em outra foto, Chávez aparece com os joelhos dobrados (impossível para quem está com algum problema que impede a deambulação!) enquanto ouve Fidel, e em outra ainda, onde os três estão de pé, é Fidel quem se apóia em Chávez e não o contrário. Ademais, em meus longos anos trabalhando em hospital, JAMAIS soube que um paciente recém cirurgiado poderia usar roupas desse tipo e ainda mais tênis no próprio quarto, em vez de pijamas.
fidel_raul_chavez2
A impressão que me ficou foi de que estas fotos são antigas, do tempo em que Fidel esteve internado, para dar a entender que Chávez está muito bem de saúde mas eles exageraram na dose, pois são mestres em criar fraudes grosseiras. Vejam e tirem suas próprias conclusões. Segundo os informes o estado de saúde de Chávez é grave, ele tem câncer de próstata e está fazendo quimioterapia, o que inevitavelmente leva à queda de cabelos, portanto, essa foto não pode ter sido tirada esta semana.
fidel_raul_chavez1
A oposição anda enfurecida com a falta de informações sobre este misterioso caso, sobretudo porque Chávez continua governando desde Cuba. Ele não delegou oficialmente as funções ao seu vice, como corresponderia, e ninguém sabe se é ele mesmo quem está enviando as mensagens via Twitter ou se são os Castro quem estão escrevendo, decidindo e falando por ele. O fato concreto é que o Governo está à deriva, sobretudo porque, se Chávez morrer, não terá deixado um "herdeiro" político pois não confia em ninguém. Acabei de receber de um correspondente venezuelano (que por segurança omito o nome) o relato de uns informes de inteligência que falam do rebuliço que está havendo na cúpula do governo, onde os urubus já começam a disputar o botim, mesmo com o homem ainda vivo.
Traduzo abaixo os informes de inteligência e o artigo de "El Nuevo Herald", para que vocês possam tirar suas conclusões. O certo é que, como diz um ditado colombiano, "quando o rio soa, muitas pedras traz". Entretanto, como parece haver um prazer mórbido em torno deste mistério, eu não me espantaria se ocorresse uma dessas duas alternativas contraditórias: ser anunciada em breve a morte de Chávez, ou ele aparecer vivinho e histérico como sempre no desfile de 5 de julho, Dia da Independência da Venezuela. Não deixem de assistir no final desta edição os vídeos do tenente Colina. Fiquem com
Deus e até a próxima!
*****
Em meio desta situação de hermetismo informativo que deixou os dirigentes chavistas surpresos e com as calças na mão, aos quais nunca lhes passou pela cabeça que seu único líder era um comum mortal, começaram a aflorar as apetências e mesquinharias dos que usufruíram do poder em treze anos montados no porta-aviões Hugo Rafael Chávez Frías.
Convencido de que a revolução sem um Chávez não tem vida, o primeiro aspirante à sucessão do caudilho foi seu próprio irmão Adán, atual governador do estado Barinas, que entre viagens e viagens a Havana, Caracas e Barinas começou a mover os fios para vender a imagem de que seu irmão não sobrevive, que está muito mal e há que acelerar os tempos para arrancar sua apresentação como "herdeiro". O informe de inteligência que me passaram indicaria que Adán, que não tem tido uma relação fluida com seu irmão desde que saiu do Ministério da Educação e aquele lhe questionou um contrato com uma empresa de seguros, estaria se movendo supostamente em conchavo com Jaua (Elias Jaua, vice-presidente da Venezuela. GS) para assumir a liderança do processo, na eventualidade de que Hugo Rafael não possa se apresentar como candidato em 2012.
Um heterogêneo grupo de radicais comunistas, inclusive uns muito pró-cubanos da Frente Francisco de Miranda, estariam se movendo nesse sentido. É preciso advertir que os irmãos Castro estão conscientes de que seu aliado verdadeiro - e mais que comprovado - é o atual mandatário e assim fizeram saber aos viajantes que vão a Cuba. Outro grupo, encabeçado por militares participantes dos Golpes de Estado de 1992, está observando calado o desenrolar dos acontecimentos. As consultas a distintos médicos por parte dos aspirantes à sucessão se incrementaram, e por isso a diversidade e variedade dos rumores espargidos no que parece uma muito bem montada campanha de especulação e desânimo destinada aos seguidores do processo.
Pergunta-se: Vocês leram em algum lugar que se dissera que a "sucessão" ou a "cura" do tirano é o que mais convém à Venezuela e aos venezuelanos? NÃO, não é mesmo? O que se observa é que "Belchior, Baltazar e Gaspar", estão dependendo de se manter no poder, visto que, se perdê-lo, irão TODOS dar com seu ossos nos cárceres do país e em Haia!
Nova ordem no Hospital Militar: o presidente chega em 30 de junho
Não lhes disseram oficialmente se o problema de saúde de Hugo Chávez Frías é de próstata, do intestino ou do joelho. Entretanto, pelos médicos que foram consultados, leva-se a crer que é algo intestinal. A remodelação da chamada área presidencial do Hospital Militar Carlos Arvelo se acelerou, e está pronta para receber seu hóspede mais importante. O último informe que se tem, desde ontem, é que o enfermo recolhido em Cuba poderia estar em condições de vir ao país no próximo dia 30 de junho, e hospitalizar-se lá para os últimos dias de seu repouso e se preparar para estar em forma e presidir, tanto o desfile militar de 5 de julho como a Primeira Cúpula Latino-Americana e do Caribe que deverá acontecer na ilha de Margarita, que não foi suspensa, pois hoje mesmo estão lá delegações presidenciais checando seu transporte e alojamentos.
No Hospital Militar já foram tomadas certas medidas de segurança ante a eventualidade de que o chefe de Estado chegue na próxima semana: não estão atendendo emergências, senão naqueles casos onde esteja comprometida a vida do paciente; acondicionou-se toda a chamada "área de alta hierarquia" do 9º andar até o 11º; só estão atendendo os filiados; todo o pessoal foi identificado novamente; as grades dos arredores foram fechadas e já não são reservistas os que estão nas portas, senão pessoal de carreira, como capitães e tenentes, algo inusitado para esta função.
Esperam que no fim de semana um dos médicos militares venezuelanos que o viram tragam o informe detalhado da doença presidencial, para aqui estarem preparados e poder seguir o tratamento indicado pelos médicos cubanos e o espanhol que o operaram no Centro de Investigações Médico Cirúrgico (CIMEQ, na sigla em espanhol) de Havana.
Tudo é um "segredo de Estado". Novamente ficam no ar algumas perguntas: cólon, próstata, intestino, joelho, câncer ou uma simples gripe que se complicou? Quando teremos uma informação veraz, oportuna e certa, sem manipulações nem secretismos vermelhos vermelhinhos? Quando chamarem o povo para o recebimento apoteótico de seu caudilho enfermo, saberemos.

Em estado crítico a saúde de Chávez

Antonio Maria Delgado - El Nuevo Herald
O presidente venezuelano Hugo Chávez, que encontra-se internado em um hospital de Havana, estaria atravessando um "quadro clínico crítico", disseram nesta sexta-feira fontes de inteligência americanas.
As fontes, que falaram sob a condição de anonimato, disseram que não podiam confirmar versões de que o mandatário venezuelano está sendo tratado de um câncer de próstata, versão que está sendo sussurrada com cada vez mais freqüência nas altas esferas venezuelanas.
Porém, o estado de saúde do mandatário venezuelano, que sofreu uma intervenção cirúrgica há duas semanas em Havana, "encontra-se em um estado crítico, não grave, mas sim crítico, complicado", indicou uma das fontes consultadas, cuja identidade não pode ser revelada devido à sensível posição em que se encontra.
Por outro lado, as fontes de inteligência que estiveram seguindo de perto a situação em Caracas confirmaram que a filha de Chávez, Rosinés, conjuntamente com sua mãe, Marisabel Rodríguez, saíra da Venezuela misteriosamente com rumo a Cuba em um avião da Força Aérea. "Levaram de urgência Marisabel e sua filha", comentou outra das fontes. "Isso foi há 72 horas".
O hermetismo sobre o estado de saúde do mandatário e sua longa ausência acentuaram a incerteza sobre o verdadeiro estado físico do mandatário. As aparições em público foram muito limitadas desde que Chávez aterrissou em Havana, limitando-se a uma breve gravação no início, algumas fotos e na sexta-feira umas mensagens de Twitter que não deram detalhes sobre sua saúde nem sobre quando regressará a Caracas.
"Hoje é o dia do meu Exército e o sol amanheceu brilhante. Vai um gigantesco abraço a meus soldados e meu povo amado", escreveu o mandatário, que enviou quatro mensagens desde a rede social, da qual estava ausente desde 4 de junho.
Segundo o governo, Chávez teria sido operado de um abcesso pélvico em 10 de junho em Havana, onde se encontrava em visita oficial. Desde então, os rumores sobre seu estado de saúde não cessam na Venezuela, devido a ausência absoluta de informe médicos e ao mutismo de Chávez, que normalmente é um presidente hiper-ativo e midiático.
A coalizão opositora, Mesa da Unidade Democrática (MUD) exigiu esta semana partes médicas diárias sobre a saúde do presidente. "Não ao secretismo desta matéria. Em governos autoritários se enviam fotos.
E, democracia, há informação", frisou o deputado Américo de Grazia, em nome do bloco opositor, referindo-se a umas fotos de Chávez junto ao ex-governante cubano Fidel Castro, divulgadas há uma semana.
Os crescentes rumores que apontam para uma grave deterioração do estado de saúde de Chávez, estão gerando grandes dúvidas sobre o que aconteceria na Venezuela se o mandatário, por alguma razão, se vir obrigado a se afastar do cargo, ante a existência de distintas facções dentro do chavismo que estão confrontadas, e o fato de que o chefe do movimento revolucionário nunca ungiu um sucessor.
Analistas assinalam que inclusive a percepção de que Chávez poderia afastar-se por um tempo do poder seria suficiente para gerar um forte choque interno pelo controle do movimento que ele lidera. No momento, os máximos funcionários do governo redobraram os esforços para distribuir um ar de tranqüilidade repetindo reiteradamente, sem dar detalhes, que Chávez se recupera satisfatoriamente.
Eu posso dar fé sobre a saúde do presidente", disse o governador do estado Barinas e irmão mais velho do mandatário, Adán Chávez, em declarações difundidas pela televisão estatal na terça-feira. "Ele está se recuperando satisfatoriamente. O presidente é um homem forte", acrescentou.

VEPPEX - José A. Colina fala sobre a enfermidade de Chávez - Parte 1